Whiplash (síndrome de chicote)


Causa: Acidentes de carro ou outros meios de transporte. Normalmente surge em incidentes onde a batida acontece na lateral ou na traseira do veículo e a cabeça é lançada para frente ou para os lados com violência. A coluna cervical se hiperestende para depois recuar. Quando isso acontece, o corpo está se movimentando em uma direção oposta à da cabeça e o recuo acaba colocando pressões de centenas de quilos sobre a coluna cervical. Isso danifica os tecidos moles na coluna cervical e o pescoço em geral. Hipermobilidade segmentada pode surgir quando os ligamentos da cervical tentam segurar o movimento gerado pelo whiplash.


Outras origens de whiplash (síndrome de chicote), porém com menor frequência, podem ser freadas bruscas, certas quedas e socos ou chutes na cabeça. O prognóstico de danos causados por whiplash costuma ser bom. Muitos acidentados tornam-se livres de sintomas após alguns meses com ajuda de tratamentos adequados.


Os acidentados que acabam tendo sintomas crônicos são difíceis de tratar de uma forma eficaz. Estes pacientes se queixam muito de depressão, cansaço, fraqueza e tontura. A rigidez do pescoço, as dores e a instabilidade na cintura escapular geram estresse psicológico. Um agravante desta síndrome é a dificuldade de examinar os danos com eficácia. Por esta causa há uma tendência na sociedade de não levar o problema com a seriedade necessária.


Sintomas:

  • Os sintomas variam muito de caso a caso. É comum sentir incômodos leves inicialmente. O pescoço costuma ficar rígido com perda de movimentos após alguns dias (pode durar horas ou até meses) do acidente. Muitas vezes esta rigidez do pescoço é acompanhada de dores que irradiam para os braços. Elas costumam aumentar durante um período longo para depois diminuir (normalmente entre 3 e 6 meses). O prazo entre a piora e a melhora varia muito.
  • Dores leves que vão e vêm ou dores fortes constantes na coluna cervical.
  • Muitas vezes os músculos na coluna cervical tentam deter a hipermobilidade ou diminuir a dor, algo que pode levar a uma circulação sanguínea diminuída ou um aumento de tônus muscular na cintura escapular.
  • Dores de cabeça repentinas e sensação de cansaço.


Tratamento: Avaliação por um médico especializado, normalmente acompanhado de imagens de ressonância magnética para excluir eventuais fraturas e ligamentos rompidos. Pode ser que seja necessário o paciente usar um colar de proteção para imobilizar o pescoço por um período. A prescrição de analgésicos é muito comum. Quando o médico libera o paciente, é importante que ele faça exercícios com movimentos que não forcem a coluna cervical. Outro tratamento pode ser feito com bolsas de calor. A massagem e os alongamentos terapêuticos são importantes quando a lesão está sob controle, mas só pode ser feita com autorização médica. É muito importante que a rigidez da coluna cervical não se instale permanentemente.


Texto escrito pelo Nils Bergqvist 04/07/2023.

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