Muitas equipes de esporte têm massagistas contratados para atender os atletas. Atender os atletas no seu consultório com hora marcada é uma coisa, mas atender “in loco” é muito diferente.
As pessoas me perguntam o que um massagista pode e não pode fazer no campo do esporte. Vou tentar explicar. Lembre-se que qualquer problema fora do seu conhecimento tem que ser levado a um médico indicado.
Quem trabalha com esporte “in loco” deve saber como reagir se alguém se machuca, algo muito frequente no esporte. Não é muito comum a pessoa se lesionar dentro de um consultório de massagem. Mas, o que fazer se alguém desmaia, por exemplo? Ou leva uma “paulistinha” (joelhada na altura da coxa)?
Parece bem óbvio, não é? É óbvio não fazer massagem em sangramentos externos, por exemplo, quando você se corta com uma faca na cozinha. A massagem estimula a circulação de sangue e faz o machucado sangrar mais. O certo é aplicar uma atadura.
Pois bem. E o sangramento interno que você não vê? Se o atleta leva uma joelhada na coxa pode sangrar lá dentro no músculo. É esse sangramento que vira um hematoma no dia seguinte. O certo aqui também é aplicar uma atadura.
E a massagem, quando pode aplicar? A regra em geral é fazer a massagem só 48 horas após a lesão. Você precisa ter certeza de que não está sangrando. Na maioria das vezes é bom fazer massagens leves para retirar o hematoma que aparece nos dias seguintes da lesão. Lembre-se da regra de 48 horas.
Uma lista básica de lesões no esporte que sempre deve ir ao médico:
Alguns ferimentos, em casos infelizes, se tornam um perigo de vida. Nestes casos, os primeiros cuidados devem ser feitos seguindo outros princípios. É necessário conhecer algumas regras básicas: uma é de sempre contatar um médico quando envolver traumatismo craniano. Outra é de não mover alguém se há suspeita de fraturas no pescoço, só se for estritamente necessário. Em alguns casos sérios, porém, deve-se priorizar outras medidas, por exemplo, quando há parada respiratória ou inconsciência profunda.
Quem é massagista de esporte deve fazer algum tipo de curso de primeiros-socorros. Lembre-se de que normalmente é preciso ter um médico responsável num evento esportivo.
A inconsciência pode ser dividida em três fases. Uma vítima que se lembre do acidente nunca esteve inconsciente, porque apenas poucos segundos de inconsciência são suficientes para a perda de memória sobre o acidente.
A próxima fase é quando a inconsciência dura vários minutos. E a última é quando a inconsciência dura mais que cinco minutos, o que é sério.
Em todos os casos é bom levar a pessoa para o hospital para examinar possíveis danos. É muito importante descobrir se tem sangramentos internos na cabeça.
Há vários tipos de fraturas ósseas.
Fragmentos ósseos cortantes podem danificar os tecidos, vasos, periósteos e nervos em volta, causando hemorragias graves.
Uma fratura exposta deve ser coberta com um curativo limpo. Uma atadura leve pode ser colocada em volta da ferida para diminuir o inchaço e facilitar o exame médico. Chame uma ambulância, mas cuide da vítima na espera do socorro porque ela poderá sofrer deficiência circulatória. Se estiver muito longe de ajuda médica, é possível imobilizar a fratura com uma tala ou parte corporal. As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura.
Pós-tratamento ao remover o gesso é um programa de exercícios que inclui testes de movimento e força. Massagem e alongamentos são também bons métodos de tratamento depois que o atleta retirar o gesso.
Agora, o que o massagista pode fazer? Quase tudo. Dores na musculatura após um treino ou recuperação muscular são feitas com massagem. Muitas vezes você faz massagem para estimular o corpo antes de uma atividade para melhorar o desempenho do atleta. A massagem também é usada para diminuir riscos de danos nos tecidos moles.